sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ZUMBI O DESPERTAR DA LIBERDADE

Zumbi foi um revolucionário para seu tempo e pensava na liberdade do seu povo muito antes de se integrar a ele. Para os escravos, ele chegava a ser culto, pois aprendeu português e latim aos 15 anos. Lutou até o último dia de sua vida para a libertação do seu povo em geral. Há poucos relatos sobre Zumbi na história, mas o pouco que se sabe, fez ele se tornar um herói de uma geração. Zumbi era um ótimo estrategista e guerreiro, dominava muito bem a arte da capoeira e de batalhas em campos. Foram poucas as vezes que conseguiram derrotá-lo. Depois de anos de batalha, o quilombo dos palmares foi derrotado, mas Zumbi escapou, e só teve seu fim declarado após a traição do seu amigo. Assim, terminou a história de um herói destemido, e começou uma revolução em seu nome, na qual os escravos perceberam que poderiam ser livres ou morrer tentando. Por esta razão, em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, o homenageamos com o Dia da Consciência Negra.
O fim da escravidão

Música e suas Vertentes na Cultura



Quando falamos de música temos muitas ideias sobre o assunto, o que vai além de nossa imaginação e conhecimento. Neste post, retrataremos a origem da música no contexto indígena e afro, levando em consideração que estamos em um mundo onde tais culturas fortemente se fazem presentes. 

A música indígena tem como base a particularidade de identificar os índios através de seus atos e costumes, ela vai de encontro a um universo transcendente e mágico que é empregado em todos os rituais religiosos. 

Não diferente da cultura indígena, a música na cultura afro mantém suas vertentes em rituais, costumes e elementos da música da língua portuguesa, o que produz uma grande variedade de estilos. Sendo assim, esta influencia muito a música popular brasileira, gerando o que conhecemos como expressões de tal influência, sendo elas: o maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbo, lambada, maxixe e maculelê e o mais conhecido samba que marca a cultura brasileira e se destaca. 

As influências são fortes no contexto contemporâneo, afinal o samba de Bezerra da Silva, as raízes nas músicas de Chico Science e Nação Zumbi, a malandragem do velho Cartola e Gabriel O Pensador com Cachimbo da Paz, são alguns exemplos das tradições indígenas e afro. 

Confira alguns dos artistas que mostram, através de suas músicas, as influências que essas raças nos deixaram.











                                                                                                                                                                      

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

“O LIVRO DAS ÁRVORES”


Com o intuito de fomentar a cultura indígena e levar conhecimento às crianças que moram nas aldeias de difícil acesso, vários livros foram criados, um deles é "O LIVRO DAS ÁRVORES" organizado por Jussara Gruber. Esta obra faz parte do projeto “A natureza segundo os Ticuna”, que desenvolve material didático para as escolas das aldeias.

Em "O LIVRO DAS ÁRVORES", a intensa e rica relação dos Ticuna com as árvores emerge dos textos e imagens que contêm conhecimentos práticos, valores simbólicos e inspiração poética.

Esta inspiração gerou o poema abaixo, que fora publicado na obra de Jussara Gruber  e exemplifica a relação do índio com a floresta.

QUALQUER VIDA É MUITA DENTRO DA FLORESTA

Este livro permite conhecer a forma
como os Ticunas tratam a linguagem escrita.
Se a gente olha de cima parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente,
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
Sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas,
E nascem novas folhas.
Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
E vem a noite.
Vem a lua.
E vêm as sombras
Que multiplicam as árvores.
As luzes dos vagalumes
São estrelas na terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.

(GRUBER, Jussara [org.] O livro das árvores).

O poema acima mostra toda diversidade existente nas florestas, estas representadas pela palavra "VIDA", vida esta que não conhecemos, não com os olhos dos nativos desta terra, olhos que observam a cada detalhe, desde o nascer do dia até o cair da noite. Beleza apreciada e respeitada por um povo que luta para manter sua cultura viva, viva como a floresta onde ela habita.

O poema nos mostra um ciclo que acontece diariamente, mas que visto de cima, de longe, não recebe o devido respeito para ser preservado.

Se você gostou da composição citada acima, ajude a difundir a cultura indígena. Faça o download gratuito de "O LIVRO DAS ÁRVORES", acessando o Portal Domínio Público - biblioteca digital do Ministério da Educação:

A brasilidade no som de Criolo

O som de Criolo combina elementos de diversas tipologias musicais, além de abordar a alma brasileira.


Kleber Cavalcante Gomes, mais conhecido por Criolo, é um rapper com longa carreira musical, mas ganhou devido reconhecimento após o seu mais recente trabalho, o álbum "Nó Na Orelha", disponibilizado gratuitamente na internet e que, em 2011, conquistou 3 prêmios no VMB. Já cantou ao lado de Caetano Veloso e foi lembrado por Chico Buarque em um de seus shows.

A música de Criolo é aclamada pela crítica no país e no mundo, misturando o Rap com outros gêneros musicais (samba, raggae, MPB e soul) sempre incorporando situações da periferia e abordando questões como racismo, miscigenação e brasilidade.


"Eu tenho orgulho da minha cor / do meu cabelo e do meu nariz / Sou assim e sou feliz / Índio, Caboclo, Cafuso, Criolo / Sou brasileiro" canta Criolo em "Sucrilhos"
"Há preconceito com o nordestino / Há preconceito com o homem negro / Há preconceito com o analfabeto / Mais não há preconceito se um dos três for rico, pai." - o rapper parodia a música "Cálice" de Chico Buarque.

Criolo também compôs, junto com o produtor musical Gui Amabis, duas canções para o álbum Memórias Luso Africanas. "Para Mulatu" retrata o período da escravidão. Ouça:


Para conhecer mais sobre o cantor, acesse seu site: http://criolo.net

Nosso povo, nossa cultura, nossa língua, nossa vida.

No início da colonização portuguesa, no Brasil dos anos 1500, o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia ao lado do português. Isso se deve, principalmente, aos padres jesuítas que estudaram e difundiram a língua indígena. Porém, com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma oficial do Brasil.

Atualmente, o nosso país com sua mistura de etnias carrega uma cultura linguística invejável. Tudo isso graças à composição das três raças que formaram a cara do Brasil: o português (colonizador), o índio e o negro.


Pela tradição oral, os caciques das tribos transmitiam o conhecimento para os índios mais novos por meio de mitos, cantos, rituais, pois não conheciam a escrita. Dessa cultura indígena, acabamos herdando várias palavras, mas a maioria de nós, brasileiros, nem sabe que várias delas têm essa influência. São alguns exemplos:


Açaí que virou "moda".

·         Alimentos: abacaxi, açaí, mandioca, entre outros.

·         Estados e cidades: Amapá (árvore medicinal, que auxilia no tratamento de complicações pulmonares) / Uberaba (que significa “água cristalina”) / Ipanema ( “água ruim”).


Arapuca que é conhecida por poucos.

·         Utensílios: arapuca (é um artefato para capturar pássaros, ou pode ser também utilizada em frases como “caí numa arapuca” que quer dizer “caí numa armadilha”).







Atualmente, com a globalização, a difusão e o acesso à informação, a cultura oral brasileira corre perigo. Algo importante a se fazer é preservar essas culturas indígenas, usando a tecnologia a favor, como no arquivamento de documentos linguísticos de um povo que é mais do que apenas nossos conterrâneos, são nossos patriarcas.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gabriela, Cravo e Canela, virou doce de leite.

Ildi Silva, atriz esteve presente
no remake de Gabriela como a prostituta Quitéria.
A personagem Gabriela não era morena, era mulata. Pelo menos era, na cabeça de Jorge Amado, autor que invariavelmente descreveu suas personagens como mulatas sensuais e cheias de atributos sexuais. Gabriela era, sem dúvida, uma das personagens mais completas do romance brasileiro.

Em 1975, Sônia Braga interpretou a moça cravo e canela. A justificativa na época, segundo Walter Avancini, diretor da primeira versão, foi que não haviam atrizes negras ou mulatas à altura do papel. A cafuza Sônia Braga tomou o lugar da mulata e assim ficou a cara eterna da Gabriela "Cafuza".

Em 2012, a Rede Globo apresentou seu remake de Gabriela, com uma atriz branca de fenótipo mais amorenado. Após 37 anos da primeira versão, será que ainda não foi possível encontrar uma atriz negra ou mulata à altura da personagem Gabriela?

Não seria, então, a atriz Taís Araújo, que já foi protagonista em horário nobre em uma telenovela Global, talentosa o suficiente? Ou não estaria a atriz Ildi Silva, dona de uma beleza expressiva, à altura da personagem? Não foi! O talento das atrizes negras na televisão brasileira para a Globo, pareceu ser tão questionável quanto foi para os telespectadores a escolha das atrizes que viveram essa personagem de Jorge Amado. Resultado: tiveram que pintar a pele da atriz Juliana Paes para que ela se transformasse em Gabriela que continuou sem cravo e sem canela.

Foto: TV Globo / Estevam Avellar no site www.caras.uol.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Apresentação




O Projeto Integrador Multidisciplinar – PIM – é uma iniciativa das Faculdades Promove de Sete Lagoas, com o objetivo de fomentar a prática dos conteúdos ministrados nas aulas teóricas. 
 Todos os semestres, os alunos recebem propostas de assuntos para o desenvolvimento de trabalhos orientados pelos professores. Neste semestre, a turma do 6º período de Comunicação optou pela apresentação do tema “Brasilidade - Nossa Tradição Oral”, que tem como proposta a disseminação de campanhas e ações sobre valorização das Etnias e contra o preconceito racial.